Policiais Legislativos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal juntos em ação de intervenção rápida

De acordo com o policial legislativo federal (PLF) CD Barros, o Grupo de Intervenção Rápida (GIR) é composto por policiais designados ad hoc, ou seja, constituído para atender demandas específicas e temporárias. Esse grupo pode ser acionado tanto para demonstrar uma presença policial com maior poder de dissuasão quanto para intervir em situações de crise.

Devido às suas características operacionais, os policiais legislativos federais designados para compor o GIR devem atuar com uniforme operacional, utilizando uma arma longa e uma arma semiautomática de porte pertencentes à corporação. Além disso, devem dispor de escudos e capacetes balísticos.

Comando de Operação

Entre os policiais designados para compor o GIR, um é indicado para exercer a função de comandante do grupo.

Além de reforçar a presença policial ostensiva com maior poder de dissuasão, o GIR é uma alternativa tática destinada às primeiras respostas em crises policiais, especialmente em incidentes envolvendo homicidas ativos.

PLF CD Barros destacou: “Durante a 10ª Cúpula dos Presidentes de Parlamentos do G20 (P20), foi constituído um GIR que atuou preventivamente, demonstrando uma presença policial maior na área externa próxima ao embarque e desembarque das autoridades convidadas.”

No caso do P20, o GIR estava sob a direção direta do Coordenador-Geral de Segurança do evento, representando a Câmara dos Deputados.

Em entrevista ao site APCN ( Associação dos Policiais do Congresso Nacional), um dos integrantes dessa força de atuação explica as características do grupo de intervenção rápida para proteção do Congresso contra invasões e atiradores ativos.

PLF CD Kassius Guimarães exerce a função há quinze anos na Policia Legislativa da Câmara dos Deputados, antes desse período, foi Agente de Segurança no TJDF (Tribunal de Justiça do Distrito Federal) e atuou também como Sargento de carreira no EB (Exercito Brasileiro), especialista em material bélico, somando 25 anos de experiência com segurança e armamento.

Há quanto tempo o senhor faz parte do GIR (Grupo de Intervenção Rápida)? Defina a sigla.

“Essa nomenclatura, GIR, é relativamente nova. Ela surgiu no âmbito da Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados, durante a primeira reunião de Mulheres Parlamentares do P20, realizada em julho, na cidade de Maceió-AL. Posteriormente, reforçamos a atuação desse grupo durante a 10ª Cúpula de Presidentes Parlamentares do G20, realizada em Brasília, em novembro, no Congresso Nacional.

A necessidade de termos policiais prontos para intervir em situações de alto risco e ameaça letal dentro das dependências do Congresso Nacional é antiga e tem se mostrado cada vez mais essencial, diante do contexto político atual. Assim, o grupo recebeu o nome de ‘Intervenção Rápida’ justamente porque sua atuação exige uma resposta célere. “Esses policiais precisam estar preparados para situações de alta complexidade, capazes de repelir ameaças letais ou potencialmente letais que possam surgir dentro ou próximas às dependências do Congresso.”

Quais são os fundamentos básicos do GIR?

“Entendo que o GIR deve estar alicerçado em dois pilares fundamentais”.

O primeiro é o material, que engloba o acesso e a disponibilidade de equipamentos capazes de enfrentar qualquer situação. Isso inclui armamento e material de proteção, como coletes e capacetes balísticos, escudos e demais equipamentos que assegurem tanto a eficácia da intervenção quanto a segurança do policial. Trabalhamos constantemente para aprimorar esses recursos. Na seção de controle de armas e equipamentos, onde atuo, também lidamos com aquisições. Nos últimos anos, avançamos significativamente na obtenção de armamentos e materiais compatíveis com a atuação do grupo.

O segundo pilar é o recurso humano. Contamos com excelentes profissionais, muitos com experiência em outras instituições, que hoje integram a Polícia Legislativa. O desenvolvimento contínuo desses agentes é essencial. Já oferecemos treinamentos como o curso de combate a atiradores ativos e práticas regulares de armamento e tiro. “A busca por conhecimento e capacitação é constante.”

Existe uma qualificação específica para atuar no GIR?

“Os policiais da Câmara e do Senado já possuem uma formação sólida, que os capacita para atuar em grupos de intervenção rápida como o GIR. “Algumas habilidades específicas, como o manuseio de armamento longo e escudos balísticos, podem exigir treinamento adicional, mas são competências que podem ser desenvolvidas rapidamente”. “De modo geral, a formação e especialização que esses policiais recebem os tornam aptos a oferecer respostas rápidas e eficazes.”

Quais são os objetivos do GIR?

“O Grupo de Intervenção Rápida tem um objetivo muito claro: preparar o policial para responder de forma imediata a situações de grande complexidade, como a presença de um atirador ativo ou de uma pessoa que invada o Congresso com a intenção de causar vítimas, seja por motivação ideológica, religiosa ou outra”.

“A missão do GIR é garantir que o policial esteja equipado e preparado para agir, sem ser pego de surpresa, e contenha a situação até a chegada de apoio adicional, trata-se de oferecer uma resposta integral e eficiente a crises de alta complexidade que possam ocorrer no Congresso Nacional.”

Publicado em: 30/11/24

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