Forças do exercito invadem Assembleia – Noite da agonia

Noite da Agonia revisitada

Novembro de 1893 na noite do dia 12 o Brigadeiro José Manuel de Morais portador de um decreto assinado por D.Pedro I invade a sessão da Assembleia Constituinte e interrompe os discursos acalorados que aconteciam entre os Deputados.

Auge da crise política na Assembleia Constituinte de 1823 ocorreu com a publicação, no Jornal Sentinela da Liberdade à Beira da Praia Grande, de um texto assinado pelo Brasileiro Resoluto (pseudônimo de Francisco Antônio Soares), que acusou dois oficiais lusos de traidores. Ofendidos, resolveram punir o autor do artigo.

O assunto foi discutido em plenário – onde Martim Francisco e Antônio Carlos, Deputados Constituintes exaltados, bradavam por vingança, na sessão do dia 10 de novembro, com um significativo comparecimento da população.

Na oportunidade o Deputado Antônio Carlos, disse estar espantado com o comportamento dos constituintes que reagiram a presença do povo nas instalações da Assembleia, com “tanto medo do povo e tão pouco da tropa”.

O ambiente na Assembleia era de insegurança, de temores e de suspeitas. As tropas começavam a mover-se e a população, preocupada, alarmava-se.

A noite da Agonia como ficou conhecido àqueles fatos desencadeados entre os militares lusos e os Deputados Constituintes que em sua maioria também eram Portugueses, terminou com a dissolução da Assembleia Constituinte.

Com isso D.Pedro I encerrou um ciclo de desavenças entre as forças Policiais do então Governo Monárquico e a Constituinte de 1823, uma forma de intervir e tentar manter o domínio do seu reinado.

A população Brasileira também mostrou a sua revolta com o desenrolar dos acontecimentos e como aquela Assembleia conduzia os trabalhos.

Somente 60 anos após a vigência da primeira Constituição Brasileira em 1824, foi proclamada uma nova república em 1898 no dia 15 de novembro quando um grupo de militares do Exército, liderados pelo marechal Deodoro da Fonseca, assumiu o poder. A proclamação da República ocorreu na atual Praça da República, que na época era conhecida como Praça da Aclamação, no Rio de Janeiro.

Novamente com uma intervenção do Exercito Brasileiro, em uma procura constante por uma estabilidade política.

Publicado em: 03/01/25

Escreva sua resposta

Seu e-mail não será publicado.

*
*